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"A Essência da Pólvora".

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

ANEXO À CARTA AO PRIMEIRO DEPARTAMENTO DO 5DIAS


E o estalinista sou eu…

6 de Outubro de 2011 por Tiago Mota Saraiva

Acho graça às viúvas de Sócrates (direitos do NRA) que cobram ao PCP o facto de Mário Nogueira ter estado presente na inauguração da nova Sede e Centro de Formação do Sindicato dos Professores da Madeira ou de não ter espetado uma valente murraça nas trombas de Passos Coelho, salvo erro, em Coimbra.
Na cabeça desta gente, o PCP devia impedir aquele militante comunista de exercer a sua actividade enquanto secretário-geral da FENPROF, transformando-o numa vanguarda trauliteira. O secretário-geral da FENPROF, para cada acto público em que pensasse representar os professores, devia solicitar permissão ao Comité Central. Na sequência da qual os camaradas deviam reunir para apreciar os prós e contras (para o partido!) da sua participação.
Se assim não suceder, as viúvas de Sócrates, vão sempre choramingar que a oposição do sindicato dos professores é mais fraquinha com este governo do que era com o seu, ainda que o seu sindicato se deite todos os dias com o que fingem ser o inimigo.


8 Responses to E o estalinista sou eu…

De says:
6 de Outubro de 2011 at 16:28

Tiago Mota Saraiva:
Clap,clap,clap
No alvo…das viúvas de Sócrates e não só
Responder



Dédé says: Your comment is awaiting moderation. 6 de Outubro de 2011 at 18:47

Quanto a Mário Nogueira até podia ter ido apoiar Jardim a um comício do PSD, mas já me parece questionável ver um Sindicato envolvido, pelos seus dirigentes, na campanha eleitoral de Jardim.
JARDIM EM CAMPANHA COM NOGUEIRA AO LADO Ainda se fosse num comício do PSD, mas na sede do Sindicato?

É que sobre as inaugurações em período de campanha eleitoral subscrevo na integra o que diz o Vítor Dias, aqui:
http://otempodascerejas2.blogspot.com/2011/10/eleicoes-na-madeira.html


furiadosdias says:
6 de Outubro de 2011 at 19:10

Meu caro Tiago,
Gastar palavras tão sábias com as viúvas de Sócrates é uma perda de tempo…

A Luta Continua!


Augusto says:
6 de Outubro de 2011 at 19:18

Tiago Mota Saraiva, há dois tipos de cidadãos, os carreiristas, difarçados de comunistas, e os cidadãos livres , que prezam acima de tudo a sua liberdade de pensamento.

Não sou viuva de Socrates, mas sei bem ver até onde chega o OPORTUNISMO.

Mario Nogueira em plena campanha eleitoral , ao lado de Alberto João Jardim, é não só ABERRANTE, como prova que este senhor não tem a espinha dorsal no sitio.

Gostava de saber com que cara o Jeronimo de Sousa , hoje se dirigiu aos portugueses da Madeira.

Mas se calhar para ele o assunto não tem relevância.

E o que pensam os professores da Madeira , que sabem bem o preço de ser um sindicalista livre na região.

E o povo de esquerda , que durante 30 anos tem resistido , com que dificuldades , ao polvo jardinista.

Sinceramente caro Tiago tenho pena, que tenha sido capaz ter escrito o que escreveu.

Mas estamos sempre a aprender.

viuva de Platão says:
6 de Outubro de 2011 at 19:55

Ontem, Candida Ventura, Cansado Gonçalves e Velez Grilo

Hoje, Tiago Mota Saraiva, Bruno Carvalho e Mario Nogueira

Nada se perde , nada se cria, tudo se repete…..


julio says:
6 de Outubro de 2011 at 23:20

ALGUÉM ME EXPLICA COMO PODE ISTO SER VERDADE EM PLENO SECULO XXI????

http://ruadajudiaria.com/:

Marinho Pinto exige reabilitação de militar judeu
O bastonário da Ordem dos Advogados exigiu em Trancoso a reabilitação de Barros Basto, um oficial que em 1937 foi “separado” do exército português por ser judeu. Sem salário e sem direito a assistência social, o militar vítima do antissemitismo da instituição militar, acabaria por morrer na miséria em 1961.
“Esta sentença é uma ignomínia a que a Assembleia da Republica deve pôr cobro. Todos nos devemos sentir sefarditas, judeus, até que seja feita justiça ao capitão Barros Bastos”, afirmou Marinho Pinto a propósito da decisão de 1937 do exército português, até hoje nunca revogada, de o afastar da instituição militar, “sem direito algum, nem sequer a um processo justo”. Estas declarações do bastonário da Ordem dos Advogados foram feitas durante a sua intervenção, como convidado, no Convento dos Frades, em Trancoso, no âmbito do II Festival Internacional da Memória Sefardita que decorreu entre 18 e 21 de Setembro em Belmonte, Guarda e Trancoso. Marinho Pinto, que fez questão de frisar ser agnóstico mas defensor acérrimo da liberdade de culto, “explicou” o facto de “74 anos depois da infame decisão”, o capitão Barros Bastos ainda não ter sido reabilitado: “porque a Inquisição subsiste ainda em Portugal”.
O bastonário, conterrâneo do capitão que o Exercito considerou “imoral” – ambos nasceram em Amarante -, manifestou a sua “inteira disponibilidade, como bastonário dos advogados e como cidadão” para “lutar que justiça lhe seja feita”. Este caso “é uma vergonha para Portugal”, um país que, onde, “ainda hoje”, disse Marinho Pinto, “nem todas as religiões têm os mesmos direitos e as mesmas garantias”.
Responder
João says:
6 de Outubro de 2011 at 23:49

Não faço ideia de como Mário Nogueira foi parar a tal vespeiro, mas a ideia de inaugurar a sede em plena campanha eleitoral é, no mínimo, desastrada. Estavam à espera de quê?


O Rural says:
7 de Outubro de 2011 at 0:01

Houve sindicalistas tão imorais, todos estes anos, como foram os banqueiros e empreiteiros e os Jardins e outros afins.

Esses sindicatos imorais e depravados foram os sindicatos dos professores e dos bancários, estes durante as nacionalizações e re-privatizações.


Vitor Ribeiro says:
7 de Outubro de 2011 at 0:30

Inaugurações em período de campanha eleitoral, com ou sem Mário Nogueira, são, para mim, um claro sintoma de menoridade democrática (qualquer que seja o conceito de democracia, desde que assente no princípio da escolha livre, pelo povo, dos seus representantes políticos). Que a menoridade democrática impera na Madeira (em particular) e territórios conexos continentais (em geral), já todos os sabemos; o que eu lamento é que alguém ou alguma entidade, passados este anos todos sobre o 25/4, se preste ainda (seja o Mário Nogueira ou o Zé da Esquina, seja a FENPROF ou o Clube de Tiro à Lata de Alguidares da Beira) a estas tristes farsas.
Quanto às viúvas de Sócrates, pois que vão carpir as mágoas para o… ou para a… lá para um sítio desses.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PRESIDÊNCIAIS 2011: TRANSFERÊNCIA DE VOTOS


O quadro é duma sondagem Sondagem Aximage/CM. Se as sondagens de intenção de voto se afastam por vezes tanto da realidade, esta sobre a a transferência de votos das Legislativas de 2009 para as Presidenciais de 2011, deve ser ainda muito mais falível. De qualquer modo é o que há, para ler com as devidas cautelas.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

TAILS OF MANHATTAN, BY WOODY ALLEN


Agora que se iniciou finalmente a fase de instrução do caso BPN, e o caso entra campanha eleitoral a propósito da compra e venda de acções da SLN (holding do BPN) em que Cavaco Silva beneficiou dum lucro de 140% em menos de dois anos, aproveitamos para publicar o conto Tails of Manhattan de Woody Allen publicado na revista The New Yorker de 30 de Março de 2009.


Two weeks ago, Abe Moscowitz dropped dead of a heart attack and was reincarnated as a lobster. Trapped off the coast of Maine, he was shipped to Manhattan and dumped into a tank at a posh Upper East Side seafood restaurant. In the tank there were several other lobsters, one of whom recognized him. “Abe, is that you?” the creature asked, his antennae perking up.

“Who’s that? Who’s talking to me?” Moscowitz said, still dazed by the mystical slam-bang postmortem that had transmogrified him into a crustacean.

“It’s me, Moe Silverman,” the other lobster said.

“O.M.G.!” Moscowitz piped, recognizing the voice of an old gin-rummy colleague. “What’s going on?”

“We’re reborn,” Moe explained. “As a couple of two-pounders.”

“Lobsters? This is how I wind up after leading a just life? In a tank on Third Avenue?”

“The Lord works in strange ways,” Moe Silverman explained. “Take Phil Pinchuck. The man keeled over with an aneurysm, he’s now a hamster. All day, running at the stupid wheel. For years he was a Yale professor. My point is he’s gotten to like the wheel. He pedals and pedals, running nowhere, but he smiles.”

Moscowitz did not like his new condition at all. Why should a decent citizen like himself, a dentist, a mensch who deserved to relive life as a soaring eagle or ensconced in the lap of some sexy socialite getting his fur stroked, come back ignominiously as an entrée on a menu? It was his cruel fate to be delicious, to turn up as Today’s Special, along with a baked potato and dessert. This led to a discussion by the two lobsters of the mysteries of existence, of religion, and how capricious the universe was, when someone like Sol Drazin, a schlemiel they knew from the catering business, came back after a fatal stroke as a stud horse impregnating cute little thoroughbred fillies for high fees. Feeling sorry for himself and angry, Moscowitz swam about, unable to buy into Silverman’s Buddha-like resignation over the prospect of being served thermidor.

At that moment, who walked into the restaurant and sits down at a nearby table but Bernie Madoff. If Moscowitz had been bitter and agitated before, now he gasped as his tail started churning the water like an Evinrude.

“I don’t believe this,” he said, pressing his little black peepers to the glass walls. “That goniff who should be doing time, chopping rocks, making license plates, somehow slipped out of his apartment confinement and he’s treating himself to a shore dinner.”

“Clock the ice on his immortal beloved,” Moe observed, scanning Mrs. M.’s rings and bracelets.

Moscowitz fought back his acid reflux, a condition that had followed him from his former life. “He’s the reason I’m here,” he said, riled to a fever pitch.

“Tell me about it,” Moe Silverman said. “I played golf with the man in Florida, which incidentally he’ll move the ball with his foot if you’re not watching.”

“Each month I got a statement from him,” Moscowitz ranted. “I knew such numbers looked too good to be kosher, and when I joked to him how it sounded like a Ponzi scheme he choked on his kugel. I had to do the Heimlich maneuver. Finally, after all that high living, it comes out he was a fraud and my net worth was bupkes. P.S., I had a myocardial infarction that registered at the oceanography lab in Tokyo.”

“With me he played it coy,” Silverman said, instinctively frisking his carapace for a Xanax. “He told me at first he had no room for another investor. The more he put me off, the more I wanted in. I had him to dinner, and because he liked Rosalee’s blintzes he promised me the next opening would be mine. The day I found out he could handle my account I was so thrilled I cut my wife’s head out of our wedding photo and put his in. When I learned I was broke, I committed suicide by jumping off the roof of our golf club in Palm Beach. I had to wait half an hour to jump, I was twelfth in line.”

At this moment, the captain escorted Madoff to the lobster tank, where the unctuous sharpie analyzed the assorted saltwater candidates for potential succulence and pointed to Moscowitz and Silverman. An obliging smile played on the captain’s face as he summoned a waiter to extract the pair from the tank.

“This is the last straw!” Moscowitz cried, bracing himself for the consummate outrage. “To swindle me out of my life’s savings and then to nosh me in butter sauce! What kind of universe is this?”

Moscowitz and Silverman, their ire reaching cosmic dimensions, rocked the tank to and fro until it toppled off its table, smashing its glass walls and flooding the hexagonal-tile floor. Heads turned as the alarmed captain looked on in stunned disbelief. Bent on vengeance, the two lobsters scuttled swiftly after Madoff. They reached his table in an instant, and Silverman went for his ankle. Moscowitz, summoning the strength of a madman, leaped from the floor and with one giant pincer took firm hold of Madoff’s nose. Screaming with pain, the gray-haired con artist hopped from the chair as Silverman strangled his instep with both claws. Patrons could not believe their eyes as they recognized Madoff, and began to cheer the lobsters.

“This is for the widows and charities!” yelled Moscowitz. “Thanks to you, Hatikvah Hospital is now a skating rink!”

Madoff, unable to free himself from the two Atlantic denizens, bolted from the restaurant and fled yelping into traffic. When Moscowitz tightened his viselike grip on his septum and Silverman tore through his shoe, they persuaded the oily scammer to plead guilty and apologize for his monumental hustle.

By the end of the day, Madoff was in Lenox Hill Hospital, awash in welts and abrasions. The two renegade main courses, their rage slaked, had just enough strength left to flop away into the cold, deep waters of Sheepshead Bay, where, if I’m not mistaken, Moscowitz lives to this day with Yetta Belkin, whom he recognized from shopping at Fairway. In life she had always resembled a flounder, and after her fatal plane crash she came back as one.